Você busca felicidade ou paz?
Escrevendo e lendo sobre o que deveríamos sentir vs o que sentimos
Si preferís leer este texto en español, te dejo la traducción aquí.
Constantemente penso que deveria ser mais feliz. Que considerando todas as coisas que tenho, todos os meus privilégios e oportunidades, deveria ser muitíssimo mais feliz do que normalmente me sinto.
Me exijo: sorria mais! Relaxe! Se estresse menos! Seja grata!
Quase sempre, eu faço o oposto: me retraio, encurvo as costas, deixo a ansiedade ganhar terreno. Me entristeço.
Na teoria, pensando com a cabeça fria, sei que não faz sentido essa expectativa de ser feliz o tempo todo. Ninguém é. Ninguém quer viver dentro de um comercial de pasta de dente, não é mesmo?
Mas, na prática, não posso deixar de pensar que deveria ser sim essa pessoa. Como se a felicidade fosse o destino (sempre distante demais) e não o caminho.
Acho que tudo isso é culpa dessa vida veloz que levamos hoje em dia. Mentes que não param de pensar, de criar conjunturas e planos. Corpos que não conseguem não estar em movimento, mesmo quando deveriam. Assistimos um filme com o celular na mão e a cabeça visita mil e um cenários diferentes além do que registra na tela. Comemos uma refeição com os olhos no relógio, já pensando como será a próxima reunião de trabalho e o que precisamos preparar até lá.
Você sabe o que quero dizer.
No fundo, acho que o que realmente busco é paz. Sentir que é suficiente. Que sou suficiente. Que estar aqui, agora, escrevendo essa news, é suficiente. Que não preciso de mais, que não tenho que já estar imaginando o próximo texto, que não tenho porque interromper o que estou fazendo para ver a última notificação que apitou. Somente me concentrar no aqui, no agora.
Você já tentou?
Acredito que quando atinjo esse estado de tranquilidade consigo ter discernimento para reconhecer que sou feliz, assim como também sou triste, sou alegre, sou amarga, sou medrosa, sou excitada, sou calma, sou todas as emoções que sinto - que podem ser tantas em um único dia, momento, segundo.
E que o fato de que sejam tão diversas não significa que eu esteja falhando em algo. Somente significa que sou humana. Surpresaaa!
Mais leituras que abraçam:
🤗 Aceite o que sente
Aceite o que está sentindo
Abrace o sentimento que apareceu
Seja ele bom ou ruim
Coloque seus braços ao redor dele
Tateie, sinta suas texturas
Descubra como realmente é
😵 Entre o caos e a paz
Sou filha de extremos. Mudo de vontades e opiniões em um loop contínuo. Não acredito muito em ser, mas sim em estar e estou de tantas formas distintas que às vezes me perco nas personagens!
🐆 Questionando o sentido da vida, by
Por que também não somos assim? Por que nossa vida tem que ser tão complicada? E por que não podemos apenas explorar recintos e encher o saco dos outros, que nem o crionço?
Junho foi sobre:
🌌 Terminei de ler a trilogia de “O problema dos três corpos”, do Liu Cixin. Ficção científica da boa, o cara inventou eras (eras!) de histórias sobre a relação entre a humanidade e o universo lá fora.
🎧 Comecei a maratonar o podcast “Joguei no grupo”. Conversa de boteco, memes e muita palhaçada! Não teve um episódio até agora que não me fez morrer de rir.
🍲 Descobri um restaurante de comida brasileira em Montevidéu e fiquei fascinada. Comida caseira e gostosinha demais!
✨ Minha adorada colega de escrita
está lançando um curso de escrita criativa que parece bom demais. Conhecendo essa mulher e o seu trabalho, não poderia deixar de recomendar.Se gostou dessa edição da news, você também pode gostar dessa aqui:
Li em espanhol para aproveitar a oportunidade de treinar e voltei aqui pra dizer que amei muito seu texto 🤍
Eu tbm me cobro ser feliz. Mas não é tão simples, ou talvez seja. E essa é a parte mais difícil! 🤭