Leia “Estou feliz que minha mãe morreu” 📚
Recomendação de livro: humor mesclado com drama, autobiografia, celebridade teen
Olá!
Hoje venho falar de um livro que decidi comprar porque passei por ele em uma vitrine e fiquei hipnotizada pelo que vi. Não conhecia nada, nem a sinopse, mas algo nessa capa tão colorida e nesse nome tão instigante me pegou de jeito.
Quem disse que julgar um livro pela capa às vezes não dá certo?
Sinopse: Um comovente e hilário livro de memórias da estrela Jennette McCurdy sobre suas lutas como ex-atriz infantil – incluindo distúrbios alimentares, vícios e o complicado relacionamento com sua mãe autoritária – e como retomou o controle de sua vida.
Por que ler “Estou feliz que minha mãe morreu”?
A história é 100% baseada em fatos reais. É um livro de memórias contadas pela própria Jennette, ex-estrela mirim da Disney que participou de séries que nossa geração Millennial com certeza reconhece, como iCarly e Sam & Cat. Reconhecemos a autora como a loirinha cômica e meio brutamontes das séries, mas encontrá-la agora como escritora é, no mínimo, intrigante.
A narração de Jennette é poderosa. Ela é honesta e crua com seu relato, e se abre ao ponto de compartilhar com detalhes seus problemas com drogas e transtornos alimentares. Ao mesmo tempo, é engraçada e seu humor (por vezes extremo) contrasta com a violência de seus traumas. Impressiona e te deixa com vontade de não largar o livro pra ver no que vai dar.
O ponto central da história é a relação entre Jennette e sua mãe, a pessoa que empurrou a autora a tomar algumas das piores decisões de sua vida. Acompanhamos como Jennette passa da idolatria e o profundo pavor de decepcionar sua mãe até finalmente reconhecer os erros dela e como essa obsessão que tinha com a filha afetou sua vida de maneira tão profunda e terrível.
Foi uma leitura que me emocionou, me fez rir e também refletir sobre meus próprios vínculos. Me chocou, ainda mais sendo alguém com uma relação tão positiva com a própria mãe. Entender que para outras pessoas perder suas mães pode aliviar, ainda que gerar tristeza, foi muito impactante.
Por que não ler?
Sem dúvida é um livro que traz muitos gatilhos. Se você é alguém que sofre alguma das problemáticas que mencionei, talvez não seja uma boa ideia. E mesmo que não tenha vivido traumas similares aos da escritora, é muitas vezes uma leitura pesada, densa, que não recomendaria para quem está em um momento meio deprê.
Mais sobre o livro:
Se ainda está na dúvida, essas resenhas podem te ajudar a ter uma ideia melhor do livro e do que esperar:
“Estou feliz que minha mãe morreu” está disponível em diversas livrarias e também na Amazon. Acompanhe a autora em sua web ou no Instagram.
“Through writing, I feel power for maybe the first time in my life. I don’t have to say somebody else’s words. I can write my own. I can be myself for once. I like the privacy of it. Nobody’s watching. Nobody’s judging. Nobody’s weighing in. No casting directors or agents or managers or directors or Mom. Just me and the page. Writing is the opposite of performing to me. Performing feels inherently fake. Writing feels inherently real.”
(tercho do original em inglês, “I'm Glad My Mom Died”)
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