Aquela noite mal dormida 🌙
Si preferís leer este texto en español, te dejo la traducción aquí.
Noite passada dormi mal. Estava cansada, sentia sono, mas foi difícil conciliar o danado. Fiquei pensando e pensando e pensando, dando voltas e mais voltas na cabeça, sem conseguir me desconectar. Revisitando velhos dilemas, me preocupando com novos. Imaginando respostas para coisas que ainda não sei solucionar.
Você também sofre com essa maldição do overthinking? Pensar demais, especialmente nos momentos menos propícios, como a hora de dormir?
Quando entro nesse loop reflexivo, posso passar horas em vigília. De olhos fechados, deitada e quietinha em um quarto escuro, e ainda assim totalmente desperta. Detesto quando isso acontece e detesto ainda mais o dia seguinte. Levantar na hora se torna uma missão quase impossível, além de que acordo com mal humor e um cansaço acumulado que parece quase palpável; sinto os ombros mais curvados, como se carregasse o peso da noite mal dormida neles.
Ao longo dos anos, aprendi uma ou duas coisinhas para lidar com essa situação. A primeira, mais eficiente e a que menos consigo desempenhar, é simplesmente deixar todo esse pensar pra lá. Deveria me concentrar na minha respiração, deixar o fluxo de pensamentos ir e vir sem me atar a nenhum, até o corpo relaxar o suficiente e terminar se entregando ao sono.
Mas é mais fácil falar do que fazer. Minha mente tem uma capacidade elevada de não me obedecer quando quer, ou então meu cérebro está tão viciado na eletricidade constante dos neurônios pensativos que simplesmente é difícil apagá-lo. Quase sempre preciso de algo mais forte pra resolver o problema.
Uma alternativa mais frutífera é tentar focar toda minha atenção em um único pensamento inofensivo. Muitas vezes o que faço é inventar uma história. Penso nos personagens, na trama que os une, e vou tecendo um pequeno conto em minha mente. Busco assim desviar a atenção da minha cuca ansiosa dos pensamentos que machucam, das dores e medos, pra algo mais leve e divertido. Invento minhas próprias novelas das 8, entretenimento puro!
Às vezes, isso me leva a um estado de tranquilidade que finalmente propicia o sono. Em outras ocasiões, a história que estou criando fica tão boa que perco o sono porque quero saber o final! Em todo caso, me sinto mais serena. Talvez não durma muito, mas pelo menos sei que sonhando acordada evito os pesadelos da vida real.
Já me recomendaram tomar um chazinho antes de dormir, deixar de usar o celular ou ver televisão ao menos uma hora antes de ir pra cama, técnicas de meditação, etc. Deveria experimentar mais, contar com outras ferramentas pra conseguir um ritual do sono mais saudável e descomplicado. Mas a verdade é que procastino.
Além do que, algo me diz que minha paixão pelas boas histórias ainda seguirá sendo minha principal arma pra ludibriar-me a mim mesma e escapar da crise de ansiedade. Since 1992 usando histórias pra fugir daquilo que me assusta.
Um dia talvez serei como as heróinas que tanto admiro e deixarei de fugir pra enfrentar o que tiver que enfrentar com a cabeça erguida e espada em punho. Um dia. Hoje, tudo o que quero é dormir.
Abracinhos:
✌️ Descanso
Descanso quando escrevo sobre o que me aperta o peito. Deixo as emoções aflorarem com as palavras que vou adicionando, apagando, editando. Escrevo e me filtro, me abandono num texto e assim encontro o alívio necessário para colocar a mente e o core em ordem.
Tenho sonhado muito. Ou melhor, tenho lembrado muito dos meus sonhos. Sonhar sei que sonhamos todas as noites, mas quase nunca lembramos bem sobre o que. Comigo normalmente é assim, até agora.
Esse canal no Youtube tem excelentes vídeos de ASMR que podem ser muito interessantes pra criar aquele clima de soninho. Gosto especialmente do Magical Tearoom e esse com barulinho de chuva…
Estou lendo:
Confesso que escolhi esse livro pelo seu tamanhão todo! E, claro, também vi o nome do Stephen King e fiz a compra tendo certeza de que seria um livrão (tanto em tamanho como em qualidade). Estou no final da história e confirmando minha teoria! O livro se centra em um rapaz de 17 anos, Charlie, que vivia uma vida normal como qualquer adolescente da sua idade. Mas tudo mudaria com um acidente envolvendo um senhor rabugento e uma pastora alemã idosa. Logo, Charlie se descobre num mundo novo e mágico, no qual os contos de fadas que todos conhecemos desde criança são bastante mais sinistros do que pensávamos. E ele tem uma missão vital a desempenhar.